Por lei, as famílias com baixos rendimentos estão isentas automaticamente de pagar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Esta decisão, que é feita com base no cruzamento das bases de dados do IRS e IMI, criou um furo de 57 milhões de euros para o Estado, só este ano.
O problema é simples: os emigrantes e os estrangeiros que residem em Portugal, sem rendimentos declarados no país também ficaram isentos do IMI devido à forma como está montado o esquema de cobranças, conta o “Jornal de Negócios” esta segunda-feira.
As isenções foram concedidas “sobretudo nas zonas turísticas ou com elevados níveis de emigração”, disse o ministro Adjunto Eduardo Cabrita ao “Jornal de Negócios”. O facto de os municípios não terem "informação que lhes permita gerir os seus impostos" é algo que "não é aceitável" e é "mesmo inconstitucional", reitera o ministro, que garante que o problema vai ser "corrigido já no próximo Orçamento do Estado".
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