Governo quer recuperar os 57 milhões de euros correspondentes às isenções do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) concedidas às famílias de emigrantes portugueses e estrangeiros que residem em Portugal. Em causa estão “situações de isenção automática indevida” do IMI - o ministro adjunto Eduardo Cabrita falou em “borlas” - que permitiram que estrangeiros e emigrantes sem rendimentos em Portugal deixassem de pagar o imposto. Segundo a edição desta quarta-feira do “Jornal de Negócios”, o Fisco já emitiu notas de liquidação corretivas.
Ao todo, dizem respeito a 39.599 imóveis, que abrangem 132.433 contribuintes, disse ao “Negócios” fonte oficial do ministério das Finanças.
Por lei, as famílias com baixos rendimentos estão isentas automaticamente de pagar o IMI. Esta decisão, que é feita com base no cruzamento das bases de dados do IRS e IMI, criou um problema no sistema de cobranças da Autoridade Tributária: os emigrantes e os estrangeiros que residem em Portugal, sem rendimentos declarados no país também ficaram isentos do IMI devido à forma como está montado o esquema de cobranças.
“Não sendo conhecidos rendimentos do proprietário considerava-se preenchida a condição de insuficiência económica e com base na declaração do contribuinte (não sendo conhecida outra morada) considerava-se habitação própria permanente”, explicou fonte oficial das Finanças ao matutino.
Os agregados cujos imóveis tenham um valor patrimonial tributário (VPT) até 66.500 euros e rendimentos brutos anuais até 15.295 euros estão, por lei, isentos de pagar o IMI.
Ler artigo completo no Expresso, aqui.