De Paris falou ao Delas e contou o seu próximo projeto, de novo no local onde passa sempre as suas férias, Trás-os-Montes. Fica apresentada uma cineasta que também aposta forte no azeite feito nas terras transmontanas da mãe.
Vem do teatro. Como foi a passagem para o cinema?
O meu primeiro desejo foi ser atriz e até tive formação nesse sentido. E na escola escolhi ser atriz de teatro, embora no terceiro ano começasse a sentir outros desejos. Os desejos de filmar…Queria contar histórias. Ao mesmo tempo que comecei o meu percurso teatral, fui fazendo documentários enquanto realizadora. O primeiro foi em Cabo Verde e o segundo em Angola. Senti que o cinema, com ou sem ficção, era uma maneira de voltar às minhas raízes. Desde 2012 que quis começar mesmo a contar mais histórias, neste caso com as minhas origens e através da ficção. E filmar em Trás-os-Montes foi uma necessidade. Além de ser lá a aldeia da minha mãe, é o local das minhas férias de verão e onde tive uma ligação muito grande com a minha avó.
As duas curtas que fez, ‘Sol Branco’ e ‘Campo de Víboras’, e a longa que agora prepara são filmadas lá. Há mesmo um fascínio.
Um fascínio completo! E passa muito pelas pessoas locais, gente inteira e com uma generosidade tremenda. Por todas as suas cores, são personagens que merecem cinema. Mas também sou muito atraída pela beleza da região. E, depois, há aquela luz. Uma luz extraordinária! Para além de tudo isso, surge a questão das lendas.
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