"Tem havido reuniões que nos levam a crer que há vontade de encontrar uma solução, sobretudo da parte do Governo", disse a vice-presidente da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMEL), Helena Batista, à Lusa, referindo que os encontros têm acontecido com o advogado Diogo Lacerda Machado, mediador pelo lado do Governo, e também com representantes do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).
Já o Novo Banco continua a recusar-se a participar nos encontros, disse.
"Só não conseguimos reunir-nos com o Novo Banco, o que é muito estranho. Não sei que poder têm para se recusarem a vir às negociações", considerou.
Helena Batista disse que espera que saia das negociações uma solução viável, que seja favorável aos emigrantes tal como a dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), que foi apresentada na segunda-feira na presença do primeiro-ministro, mas afirmou que para já não há qualquer indicação de que surja em breve um mecanismo que permita compensar as cerca de 2.000 famílias que não aceitaram a solução comercial proposta pelo Novo Banco ou que não receberam qualquer solução (devido à natureza dos produtos em que investiram).
"Faço um apelo ao Governo e ao Presidente da República para que se lembrem dos emigrantes", pediu a vice-presidente da AMELP, acrescentando que estão já a pensar em novas ações de luta, sendo que continuam a distribuir panfletos para que os portugueses que estão no estrangeiro não mandem mais remessas para os bancos em Portugal.
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