Um país com uma “grande capacidade de regeneração”, onde tanto o optimismo como a corrupção são endémicos, que está a viver um “momento único”, mas que pode ter um “ano especialmente crítico” em 2017. É assim que Ricardo Castanheira vê o Brasil, onde vive há seis anos.
Este antigo deputado do PS é hoje director-geral da Motion Pictures para a América Latina. Veio a Portugal passar o Natal, mas também para participar no primeiro encontro de investidores da diáspora, que considera um primeiro passo para que Portugal passe a aproveitar melhor a rede de emigrantes que tem no mundo.
“O Brasil é um país com grande capacidade de regeneração”, diz Ricardo Castanheira em entrevista à Renascença, como que fazendo profissão de fé no país antes de traçar o quadro da situação política e social que o faz pensar que 2017 “vai ser um ano especialmente crítico no Brasil”.
Por um lado, não há recuperação económica, o investimento externo “não está a ancorar” e 40 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza. “São quatro ‘portugais’”, afirma, lembrando em seguida que muitos brasileiros tiveram alguma ascensão social nos últimos 10, 15 anos e que foi isso que dinamizou a economia brasileira, mas agora muito “voltaram ao ponto de partida”, ou seja à pobreza e isso cria desilusão, “altera o sentido da vida e da esperança de forma muito perigosa”, o que o faz ter “quase a certeza” que a tensão social vai aumentar no ano que vem.
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