José Cesário, que foi secretário de Estado das Comunidades dos governos liderados por Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP, até final de novembro do ano passado), considerou que o relatório "confirma a tendência de redução dos fluxos migratórios que já se tinha começado a verificar em 2014".
O deputado social-democrata afirma que essa tendência é "muito evidente nos dados do Instituto Nacional de Estatística" (INE) e comentou que alguns números que constam no relatório -- elaborados pelo Observatório da Emigração -- estão desatualizados, já que não estão disponíveis informações de alguns países de destino, como a França.
O relatório, entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, revela que cerca de 110 mil portugueses emigraram em 2015, mas ainda não é possível concluir se a emigração estagnou ou está a descer. Os responsáveis consideram ainda previsível que os números de saídas não diminuam para valores anteriores à crise.
Estes dados "apontam para uma estabilidade depois de um grande período de crescimento, na sequência da crise de 2008 e sobretudo depois de 2011, que estabiliza num patamar elevado", explicou o coordenador do estudo, Rui Pena Pires.
No entanto, dados novos entretanto recolhidos apontam que houve "um pico um pouco maior por volta de 2013" do que aquilo que tinha sido estimado no passado -- ou seja, cerca de 120 mil pessoas terão saído do país naquele ano - e, portanto, desde então, se tenha registado "uma pequena, mas mesmo pequena descida".
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