Lisboa, 05 Jun (Lusa) - A afluência às urnas foi fraca no primeiro dia de votação para as Europeias nas comunidades portuguesas radicadas no estrangeiro, disse à Lusa fonte do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades.
Segundo a mesma fonte, todas as mesas de voto funcionaram ou estão ainda a funcionar, dependendo do fuso horário do país, o mesmo se prevendo para sábado e domingo, os restantes dois dias da votação nas comunidades para os representantes de Portugal no Parlamento Europeu.
"Há pouca afluência porque é um dia de trabalho. Prevemos e desejamos que no sábado e no domingo haja maior participação", disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
A título de exemplo da baixa participação hoje registada nas Europeias, fonte do Gabinete do secretário de Estado referiu que em Genebra (Suíça) apenas votaram 22 dos 3 500 inscritos, enquanto na Cidade do Cabo e em Joanesburgo (África do Sul) votaram, respectivamente, 22 e 45 pessoas, das 1 260 e 4 850 recenseadas.
Curiosamente, em Bratislava, capital da Eslováquia, a votação fez o pleno: votaram seis pessoas, todas as que estavam inscritas nos cadernos eleitorais.
Por outro lado, em São Paulo (Brasil) registaram-se 22 votantes, entre mais de 20 mil inscritos, e em Toronto (Canadá) votaram 28 dos 7.189 recenseados.
Dados recolhidos pela Lusa em Joanesburgo confirmam uma reduzida afluência ao consulado-geral de Portugal nesta cidade, onde funcionaram as assembleias de voto para as Europeias neste primeiro dos três dias de votação.
Joanesburgo é uma das quatro cidades com assembleias de voto na África do Sul (as outras são Pretória, Durban e Cidade do Cabo), e a que, de longe, serve maior número de emigrantes portugueses.
Responsáveis consulares estão optimistas quanto a um aumento significativo de votantes nos dois próximos dias, esperando que muitos portugueses que residem a distâncias consideráveis do consulado-geral aproveitem o fim-de-semana para votar para o Parlamento Europeu.
Na Venezuela, onde as assembleias de voto ainda estão abertas, a afluência registada nas primeiras foi fraca, segundo dados recolhidos localmente pela Lusa.
Na área da circunscrição consular da capital venezuelana (Caracas), foram instaladas duas mesas no Consulado Geral de Portugal e uma na Ilha de Margarita.
Por outro lado na circunscrição do Consulado Geral de Portugal em Valência estão a funcionar cinco mesas, uma nas instalações consulares e as restantes nas cidades de Maracay, Maracaibo, Barquisimeto e Mérida.
Emigrantes portugueses radicados na Venezuela disseram à Lusa que o facto de "estarem a trabalhar" os impedia de ir votar ao consulado, o que pretendiam fazer durante o fim-de-semana.
Em Paris, e segundo disse à Lusa o cônsul-geral, Luís de Almeida Ferraz, foram também poucos os emigrantes portugueses que hoje votaram nas dez mesas instaladas no Consulado Geral de Portugal.
Com perto de 600 mil inscritos no consulado, apenas 38 mil estão recenseados nos cadernos eleitorais.
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Jornal Expresso, aqui, acedido em 15 de Junho de 2009