Brazão de Castro diz que há razões para que a comunidade madeirense na África do Sul tenha confiança, para que acredite no futuro. O governante enaltece a forma como tem decorrido o processo de transição e os esforços para contrariar os índices de criminalidade. Aliás, o secretário regional dos Recursos Humanos, quer terminou ontem a visita àquele país, diz que nota os madeirenses confiantes.
O secretário regional dos Recursos Humanos, Brazão de Castro, terminou ontem a visita à África do Sul. Na véspera, num jantar com a comunidade de Durban, promovido pela comissão organizadora do Dia da Região, que se celebrou também naquele país, o governante madeirense deixara uma mensagem de confiança no futuro.
Segundo Brazão de Castro, os emigrantes madeirenses naquele País têm razões para acreditar, razões para confiar.
O responsável pela pasta das Comunidades Madeirenses diz que o processo de transição, iniciado por Nélson Mandela, tem decorrido de forma excelente, sublinhando que nota uma grande confiança das pessoas no actual Governo, liderado por Jacob Zuma. E acrescentou o forte esforço que tem sido feito para combater a criminalidade.
Ao longo desta visita à Comunidade, que também contabilizou vários contactos com autoridades sul-africanas, Brazão de Castro esteve em Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban. E diz que, de facto, notou uma grande confiança e serenidade por parte dos emigrantes.
Ontem, último dia em Durban (onde na véspera aconteceu o jantar organizado pela comissão liderada por Elias Sousa), o secretário regional visitou a escola onde estudou, durante quatro anos, Fernando Pessoa.
Brazão de Castro esteve ainda no "Flea Market" (mercado da "pulga", uma espécie de "mercado da lagartixa", em dimensões muito maiores, onde se vende produtos em barracas e há ainda comes e bebes), onde assistiu ao dia da Madeira naquela feira. O desfile madeirense chamou a atenção de milhares de pessoas. O governante disse que foi um momento de emoção ver madeirenses misturados com várias nacionalidades, incluso zulus, a dançar o folclore madeirense.
Por outro lado, o nosso interlocutor fez questão de salientar o encontro que manteve com o deputado de ascendência madeirense, Manny de Freitas. Neste sentido, apela a que o exemplo de participação política daquele seja seguido por toda a comunidade. Aliás, sublinhou que a participação social e económica que se faz sentir por parte da comunidade madeirense na África do Sul começa a alargar-se também ao panorama político, algo que, recorda, sempre perfilhou em anteriores visitas àquele país.
Na segunda-feira, o secretário regional dos Recursos Humanos madeirense, Brazão de Castro, encontrou-se em Port Edward com a vereadora do Congresso Nacional Africano (ANC) Annette Gamble e altos dirigentes da Junta Turística da Costa Sul do Kwazulu-Natal para recordar o São João e discutir detalhes sobre a futura geminação entre Port Edward e Machico.
O galeão São João é um dos cerca de 20 navios portugueses que naufragaram na costa sul-africana, entre Port Edward e o Cabo da Boa Esperança, nos séculos XIV e XV, segundo pesquisas do Centro de Estudos Náuticos Portugueses, em Pretória, capital sul-africana.
Jornal da Madeira, aqui, acedido em 8 de Julho de 2009.