Título O mito e a realidade atual da emigração dos vieirenses para Zurique
Autor Paula Augusta Rodrigues Vieira Dionísio
Orientadores Jean Martin Rabot e Clara Maria Faria Simães Mendes
Ano 2018
Institutição Universidade do Minho
Grau Mestrado
Área Sociologia
Palavras-chave Emigração, crise, diáspora, redes sociais, histórias de vida
URI http://hdl.handle.net/1822/54880
Resumo
Tomando por base o – nunca acabado - fenómeno da emigração e a sua evolução através dos tempos, este trabalho debruça-se sobre o tema, a partir dos anos 2008, ano em que a crise económica e financeira veio estremecer estruturas familiares e sociais mais frágeis, transformando-se numa espécie de último reduto para grande parte das pessoas que se preparavam para a entrada no mercado de trabalho, bem como a escassez de emprego daí resultante, afetou a todos de alguma forma, empurrando os portugueses, de novo, para uma situação de êxodo. Os vieirenses -população alvo deste estudo- correm assim, em direção a terras helvéticas, mais concretamente para Zurique (Suíça). Inicia aqui a “nova diáspora”, com origem na fragilidade económica de Portugal despoletada pela crise que emergia. Procurou-se identificar as motivações de saída de Portugal e de entrada na Suíça (Zurique), caraterizando os processos e os mecanismos de receção e integração na Suíça, em termos de mercado de trabalho e em termos sociais, em geral. Nesse sentido, procedeu-se à elaboração de uma tabela interpretativa baseada em narrativas dos participantes alvo deste estudo, sobre as políticas de cooperação existentes entre os dois países, adiantando uma reflexão sobre a tipologia dos fluxos de emigração para a Suíça e as suas modalidades de expressão em ambos os espaços. Cruzando as abordagens sobre a sociedade de acolhimento, as suas implicações em termos dos mercados de trabalho, assim como abordagens sobre os processos de relacionamento e integração. O desenvolvimento deste estudo está direcionado para uma perceção mais atualizada no que concerne ao conhecimento desta tipologia nos dias de hoje, aludindo à amplitude e solidez relativa ao mais recente fenómeno de saídas, “fuga” de portugueses da região de Vieira do Minho para a Suíça (Zurique), procurando atualizar dados que têm permanecido adormecidos em “mitos” sobre a velha/nova diáspora do séc. XXI.