São Paulo, 14 set (Lusa) - Um debate entre candidatos à Assembleia da
República portuguesa pelo Círculo Fora da Europa, residentes no Brasil, estará
disponível na internet como forma de estimular a participação política da
comunidade portuguesa.
"Queremos que mais portugueses tenham acesso ao debate eleitoral das
legislativas por meio dessa transmissão no endereço eletrônico de nossa
entidade", afirmou o presidente do Conselho da Comunidade Luso-brasileira de
São Paulo (CCLB).
António de Almeida e Silva salientou que a participação dos emigrantes no
processo eleitoral "propiciará um melhor conhecimento das ideias e dos projetos
dos candidatos".
Divido em blocos, com apresentação de propostas, perguntas entre candidatos e
perguntas sorteadas entre a plateia, o debate entre candidatos ocorreu na
última sexta-feira, na Casa de Portugal de São Paulo.
Os candidatos do PS, CDU e PSD prometeram ampliar a assistência social aos
emigrantes, manter a atual rede consular portuguesa no Brasil e apoiar a
integração luso-brasileira.
O empresário da construção civil Idelfonso Garcia, candidato pelo CDU,
distribuiu um gráfico com dados oficiais da emigração, entre 1970 a 2007, quando mais de
três milhões de portugueses deixaram Portugal.
"Por que a emigração é tão grande? A minha candidatura tem como objetivo
resolver os problemas do emigrante e evitar que saia tanta gente, essa
verdadeira multidão de Portugal", afirmou.
Dirigente associativo na cidade de Santos e membro do CCP Mundial, o candidato
José Duarte apresentou o programa eleitoral do PS para as comunidades
portuguesas.
"Foi um Governo do PS que criou os apoios para os idosos e os excluídos. Esses
apoios são muito importantes para os nossos compatriotas aqui no Brasil",
salientou.
Carlos Páscoa, atual deputado do PSD, defendeu por sua vez a valorização do
luso-descendente, com o compromisso de apresentar a proposta de nacionalidade
plena aos netos de portugueses.
"Um país altamente endividado como Portugal necessita de recursos e a
emigração, como fonte permanente de recursos, tem que receber incentivos para
investir em Portugal", afirmou.
Lusa, aqui.