A Eslováquia é, destes quatro países, aquele com menor número de entradas de portugueses entre 2004 e 2019, sempre abaixo das 40 por ano. Ao longo de todo o período, os valores das entradas neste país oscilaram entre um mínimo de 6, em 2004, e um máximo de 38, em 2009 e 2015.
A Hungria foi, ao longo destes 19 anos, o país em que se registou um maior número de entradas de portugueses. Entre 2000 e 2007, as entradas são muito baixas e com grandes oscilações anuais. A partir de 2008, entra-se numa fase de crescimento até 2017 – ano em que se atinge o valor máximo da série em análise, com 108 entradas. Nos anos seguintes dá-se um pequeno decréscimo, mas as entradas mantêm-se acima das 100 por ano.
Na Polónia, as entradas anuais de portugueses até 2014 são muito diminutas, registando-se, em média, 10 entradas anuais. Entre 2016 e 2019, o número de portugueses que chegaram à Polónia cresceu exponencialmente, passando a registar-se valores superiores a 49 entradas anuais. Os anos em que se registaram menos entradas foram 2000 e 2001 (2) e aquele em que ocorreram mais foi o de 2019 (83).
A República Checa foi o segundo país com mais entradas de portugueses, de entre os quatro em análise. Destes países, é o que apresenta uma série mais estável e um crescimento mais sustentado. O ano em que se registaram menos entradas foi em 2006 (7) e aquele em que ocorreram mais foi 2016 (129).
Estes valores demonstram que estes países do leste europeu continuam a ter pouca atractividade para os emigrantes portugueses.
Eslováquia: https://slovak.statistics.sk/
Hungria: http://www.ksh.hu/?lang=en
Polónia: https://stat.gov.pl/en/
República Checa: https://ec.europa.eu/eurostat/data/database
Como citar Vidigal, Inês (2020), “A emigração portuguesa recente para a Europa do leste”, Observatório da Emigração. http://observatorioemigracao.pt/np4/7747.html